domingo, 4 de abril de 2010

Cockcrow



O pedinte, o gato, a barata.
Tudo faz parte dessa madrugada.
Depois de tudo me cansei,
a chuva lavou muita coisa.
Pelo menos é o que pensei,
mais ela não caiu.
Um foco no futuro imediato,
abrir as asas, sem saltar obstáculo algum.
Respirar profundamente e não encontrar
as razões. Nada.
Essa alegria matutina alheia é o ápice da derrota.
Tudo sem nexo e coerência.
O bom é assim.
De novo a singularidade.

Um comentário:

Márwio Câmara disse...

Ótima poesia. Feliz páscoa pra vc também, amigo. Um grande abraço!