sexta-feira, 15 de junho de 2012

Da amizade, do passado e dos dias de hoje.

Sentado em uma cadeira, observando da varanda as luzes da cidade.
Ouço passos se aproximando na rua logo abaixo, mas o dono dos ruídos permanece oculto pelos vastos galhos das árvores.
Minha companhia é a música reproduzida nos fones de ouvido e uma estátua de um anjo que teoricamente deveria estar jorrando seus fluidos em um pequeno recipiente de enfeite.
A iluminação é pouca, mal consigo enxergar o que escrevo, mais tarde terei de decifrar minhas próprias palavras. Noite quase comum de junho, um vento agradável movimenta as plantas, não atoa retirei as meias para entrar em contato com ar freco da noite.
Tenho dito, não sou saudosista, sei bem a importância do presente, mas relembrar o passado é ótimo.
A alguns anos atrás neste mesmo horário, quando este asfalto ainda não cobria o chão de pedras, estariamos reunidos, vários de nós, após o longo dia na escola, talvez naquela época em que ainda alimentávamos amores platônicos e as meninas observavam os alunos mais velhos, com a diferença de que a inocência e o respeito próprio ainda existiam.
Neste dia estaríamos brincando na vizinhança, ou simplismente convesando sobre os desenhos que assistíamos, sobre nossos times de futebol, ou simplismente zoando aquele vizinho mais novo que sempre tinha que suportar as brincadeiras do restante.
O mais importante de tudo isto pra mim é saber que eu tenho amigos de verdade, alguns longe, que não deixam de ser importantes e que constantemente estão no meu pensamento e  outros que eu ainda posso amolar, mesmo com a falta de tempo que recai sobre todos nós nos dias atuais. O meu agradecimento é amplo e vai pra todos estes.
Será que as crianças ainda brincam nas ruas? Eu não sei, mais torço pra que sim. Eu não trocaria 1000 vídeo games pelo tempo da minha vida que dividi com meus amigos. Numa época em que viver era realmente uma arte, bem simples de se realizar.


terça-feira, 5 de junho de 2012

Do veneno também se extrai a cura

Faz tempo que a noção de limite se foi.
Esqueceram de cultivar aquilo que nos faz melhor.
Excesso do desnecessário.
Quem sabe daí não surge a solução.
Não iremos nos aguentar e seremos forçados a mudar.
Do veneno também se extrai a cura.
E tomara que exista volta pra nossa ignorância.