sábado, 20 de março de 2010

Das coisas que foram

Admiro as nossas capacidades.
De inconscientemente saber que 6:30 tenho que acordar.
De medir meus passos com o tempo que tenho.
Sentir quando alguma coisa não está certa,
revirando os pequenos e grandes problemas pra encontrar solução.
Ralacionar uma canção à uma pessoa.
Pouco lembrar de quando não esteve bom.
Hoje cedo vi um garoto, e me vi sem ter que olhar no espelho.
Camiseta, bermuda e chuteiras na mão.
É mais um sábado de futebol sem preocupar.
Admiro ter conseguido sentir aquela tranquilidade ao ver o menino mesmo depois de anos.
É o mesmo sentimento, por um segundo a sensação de que nada pode ser tão importante,
uma paz singular.
E já se foi, tão rápido que nem me lembro.
Mais eu sei que permanece em mim.
Escondido pelo presente.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A cura

O mundo anda doente.
Sim, tudo vai indo muito mal.
Por vezes ele se curava sozinho, mais dessa vez
ele parece precisar de uma medicina diferente.
Cansei de ver propagandas de campanhas para conscientizar as pessoas
sobre o desperdício de água, de energia,
preservação do meio ambiente entre diversas outras coisas.
Sinceramente eu acho que não surtiu nenhum efeito.
E porque é tão difícil lidar com nós mesmo? Enfiar nas nossas cabeças
que o estilo de vida capitalista luxuoso traz tantos danos
ao planeta? (não que o luxo seja algo ruim)
Em parte porque falar somente não basta.
Ao mesmo tempo que eu penso que faltam exemplos eu penso que já somos tão desenvolvidos que é desnecessário alguém vir esfregar NOSSOS problemas nas NOSSAS faces.
Percebi que a cura do planeta é a nossa própria cura, que vai acabar com o desinteresse, o abuso, a superficialidade da juventude e vai abrir os olhos pra um próximo passo que precisa ser dado
antes que haja tempo só pra lamentar e pensar no porque de tanta demora para agir.