quarta-feira, 24 de junho de 2009

Lembranças

No horizonte um céu ainda colorido
pela luz do sol que sumia rapidamente
por trás das últimas montanhas,
e mais acima um azul em degradê e a fina lua
que fazia um convite à noite.
Uma paisagem que traz o sentimento
de nostalgia.
Faz pensar nos amigos que foram embora,
nos primeiros anos da escola, nos dias calmos que se
passavam, na falta de ter com o que se preocupar.
Ele nunca levou a vida tão a sério.
E o que faz agora é relembrar, sorri sozinho
sentado numa sala mal iluminada de onde ele vê o céu
enquanto descreve esse momento.
Nos breves momentos em que pode parar
pra pensar.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Nem sempre em tempo

Cheguei e as vi debatendo. Eram
três, uma parcialmente morta.
Retirei-as da água fria, era noite
de lua cheia se bem me recordo.
Acendi um fogo e percebi que aquela que
parecia morta se mechia.
Tomei minhas medidas de emergência e fiquei
no aguardo da sua melhora.
Terminado o meu serviço ali voltei a fazer
meu trabalho.
Mais tarde eu voltaria ali, e econtraria uma morta
afogada. Não me arrisco a dizer se era uma das três.
Formigas.
Nem sempre eu chego à tempo pra salvá-las
dos copos cheios de água que ficam
na pia da cozinha.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Quem entende?

Pra tudo aquilo que não foi,
deve ser porque realmente não devia ser.
Nunca entenderemos o porque de tudo.
Enorme são as espectativasde acordar amanhã
com um pensamento bom.
Toda a esperança depositada somente em um lugar.
Corre-se um risco.
E eu arrisco.
Penso que já conheço essa história.
Sabe-se lá como é que isso funciona.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

...e então ele caminhou, e não sabia se aquilo que via era real.
Era escuro o dia que ele vivia, lampejos das piores consequências
que o homem se deu a oportunidade de sofrer.
Ele podia sentir toda a ignorância do mundo passando por ele,
todo o desinteresse de viver dias melhores, e já não caminhava.
Sentou-se debaixo de uma árvore onde ali uma pequena luz
encontrava. Era pequena mas intensa.
Todas as suas crenças haviam sido retalhadas e ele afundava junto
do resto sem forças para levantar e voltar em defesa de quem
não pode falar.
Eis que a luz se apagou, e junto dela foi-se a vontade daquele homem.
Longe dali a luz brilhava forte no coração de outros humanos que
saíam para uma batalha sem ao menos perceber.
E mais luzes se apagavam e brilhavam em outros lugares.